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Sabe quando uma pessoa está perdida dentro de si? E até na maior calmaria de um monótono dia de domingo a gente se sente num caos de dia anterior a feriado? O pior é que agente espera o fim - e este não existe.
Era assim que o homem da historia se sentia. Perdido dentro de um bosque daqueles de histórias infantis. Corria desesperadamente e sempre se encontrava em lugar nenhum. Quando se sentiu cansado sentou num rochedo que ficava exatamente no centro de uma clareira e acabou adormecendo.
Sonhou com um casebre. Era um lugar muito humilde, mas havia nele uma imponente escada. Varias vezes tentou subi-la e descê-la, em muitas tentativas rolou escada abaixo. Também havia uma bananeira, um quintal e um sorriso com gosto de amor nos quatro cantos da casa.
Por hora resolveu sair desta, encontrou uma rua e uma laranjeira. Laranjeira que representava a doação para o bem do próximo e quando pensou em retirar uma fruta ganhou um sorriso satisfeito da bela e nobre árvore. Na rua os garotos jogavam o esporte dos malandros. E todos imitavam a malicia de um negro torto que enganava como os brancos e dançava como os seus ancestrais que viajaram n quilômetros para maldar e trazer beleza para o “soccer” dos ingleses.
Foi nesse momento que lembrou as aventuras nas vielas. Os amores, as descobertas e os aprendizados. Não pode deixar de relembrar as varias decepções e quantas vezes se sentiu mal por ter saído de casa.
E caminhando pôde ver a escola que esquentou. Conseguia ver uma fabrica de Robot’s e um grande pânico: Vestibular. Mesmo assim via a pureza de algumas meninas que contrastava com a malícia de algumas um pouco mais letradas.
E como era belo o despertar daquelas pessoas para o amor ou para o próprio contato físico. Elas iam se conhecendo, se amando e aquela fábrica de humanóides parecia agora, com uma grande festa em celebração a vida.
Quando acordou sentiu-se um pouco em casa. Estava no inicio de uma longa escada e agora sabia como subi-la. Não que ele não fosse cair em algum momento, mas levantaria e subiria novamente.
Sentia ainda falta daquele sorriso com gosto de amor, aliás, nem lembrava mais dele. Tinha a lembrança de sorrisos encantados, satisfeitos, maliciosos, pedintes... Estava a procura de um brilho no olhar, de um belo rosto e daquela carinha tão instigante que só uma mulher sem jeito tem. Era isso que ele elegera como um lar e agora não era tão menos miserável que um sem-teto.
Por sorte a encontraria em algum ponto da escada e juntos subiriam alguns degraus e seriam tão banais e ridículos como dois bonequinhos de mãos dadas subindo a vida.
Mas seriam felizes... Alguma hora seria feliz...
Tá decente man! Tu escreve mto bem.
ResponderExcluirEntretanto, eu ainda prefiro outros textos...
Mais uma vez show de bola!
ResponderExcluiré bom,ter um apoio para subir uma escada.
ResponderExcluirMuito bom meu lindo =)
ResponderExcluirMais uma vez, sou grata por ter o privilegio de ler seus textos em primeira mao :p
beijao
Você é o cara vei, você é mestre. Só é humilde em não admitir rsrs.
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