quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Capitulo 1

Era uma vez um convento. Era lá onde viviam os monges, os padres e o abade Marcos e eram eles que sonhavam em construir um abrigo para meninos abandonados na infância. Era tudo modesto no convento; livros antigos, salas escuras, penitências, pouca comida e o silêncio mais profundo que só conhece quem precisa pensar.

Sua arquitetura era bastante tenebrosa. De longe podia ser visto um castelo com várias grandes janelas e torres; era totalmente escuro e ficava em cima de uma grande colina. Em noites de chuva ou em alguns dias do ano, podia se ver uma névoa que rodava o convento.

Nem sempre foi um convento. A história diz que foi construído para uma dama. Um português tinha gastado todo o seu ouro, prestígio e fama para construir aquela obra faraônica para uma espanhola de família nobre.

A obra demorou 10 anos para ser terminada. Depois de todo esse tempo a espanhola tinha perdido o ar jovial, o português tinha morrido de tuberculose, as duas famílias tinham sido arruinadas e o castelo estava, enfim, abandonado e amaldiçoado.

Isso ocorreu por bastante tempo até que o primeiro abade, João, resolveu juntar a ordem franciscana daquela área e reformaram o castelo. Foram mais cinco anos de trabalhos intensos e intermináveis. À noite o castelo brilhava, talvez pelo trabalho dos ferreiros, mas os moradores podiam jurar que viam anjos erguendo as tábuas e modelando a obra de Deus.

Foi assim que passou de geração por geração. Houve Joões, Pedros, Tiagos, entre outros abades. E foi a partir da obra de todos esses enviados de Deus, que se criou uma vila nas redondezas.

Era uma vila de passagem. A população era constituída basicamente de viajantes que passavam noites ou peregrinos que vinham de locais bastante distantes para visitarem o convento. Havia uma escola prática onde os alunos aprendiam a pescar, caçar, forjar e outros trabalhos pesados. No mercado havia abundância de peixes, frutas e verduras (que eram plantadas nas hortas do convento). As três pousadas amarelas da Dona Cecília davam um ar de graça e jovialidade na cidade contrastando com o resto escuro e sombrio.

As pessoas daquela época também eram sombrias, apesar de toda luz emanada pelo convento. Ao nascer do dia, pareciam vários porcos que se deliciavam na lama, a ignorância parecia ser motivo de felicidade. Na noite, a boemia, a orgia e a vida mundana se deitavam e se beijavam de um jeito tão sem fim que só a luz do sol fazia cessar.

Mas hoje, no convento, havia apenas os livros históricos da cidade, documentos importantes escritos pelos portugueses há muito tempo atrás. Livros que enfeitavam uma biblioteca gigantesca que possuía uma passagem secreta para a sala de reunião.

E era lá que, nesse momento, os moradores mais importantes discutiam o futuro de um imenso e paupérrimo império que já não era mais como antes.
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O inicio do projeto
vou fazer varias historias se completando como se fosse um livro
espero que gostem

7 comentários:

  1. nossa ta muito legal como todos os outros se sabe ner ?! continue assim ! <3

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  2. nossa ta muito legal como todos os outros se sabe ner ?! continue assim <3
    by:hannah

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  3. Hah ta ficando legal =D ja to querendo saber oque eles tao dizendo laaa

    bjo
    tia iris

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  4. Sorte minha, ta ficando muito legal, parabéns! Confio no seu potencial e você ainda vai ser um grande escritor. Simplesmente amei *-* quero logo o segundo capitulo :B

    Kinha Bitencourt (sua sorte) s10

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  5. Putz, sempre gosto do que o Tarssio escreve, dessa vez não seria diferente.
    Parabéns moço, está ótimo!

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  6. Amei o texto.
    Escreva mesmo e desejo que você continue esbanjando tamanho talento.
    Sucesso Figuraça ;)

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