Estava lá a Bela Adormecida, segundo antes de ser beijada. O príncipe ainda confuso sobre o que deveria fazer e a fim de resolver logo as incumbências deu um beijo insosso na então desconhecida.
Logo que acordou, a Bela acertou um bofetão na cara do príncipe. Suas mãos calejadas de trabalhos domésticos fizeram uma grande marca na face rosada do nobre.
Ela com o semblante bastante irritado indaga ao ser que acabou de conhecer o que foi que estava acontecendo e o porquê dele a ter despertado do sono.
“Você não sabe o quanto a minha vida é difícil, pego agua no poço, faço comida , arrumo a casa , você não sabe das dores que sofro antes de deitar. Não sabe o quanto é difícil limpar uma casa de anões, não sabe o quão é difícil conviver com pessoas que só sabem ser a mesma todo os dias. E pior , todo mundo quer me matar... Sinceramente prefiro voltar a dormir”.
Voltou-se então a pedra que antes dormia.
Logo o príncipe falou:
“Você é muito reclamona, eu tenho que encontrar o amor da minha vida e essas idiotices. Queria poder apenas curtir as festas reais, me divertir com meus amigos, não pretendo ter apenas sete amigos e todos eles serem anões, quer saber de uma: eu vou embora!”
Foi então subindo no cavalo, Bela que então perderá o sono pediu para que ele a acompanhasse até a casa dos anões.
Foram conversando, dois mundos diferentes e duas pessoas tão iguais. Falavam das peripécias do rei, das famílias enlouquecidas pelo poder e pelo dinheiro.
Identificaram-se, o príncipe às vezes a visitava, torcia para vê-la. Ela às vezes até o esquecia.
Continuaram suas vidas e foram felizes para sempre.