sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ao sonho.

...

Nesse teatro de faz de conta
Pobre de nós, simples marionetes
Somos guiados, tão fáceis
Para onde possamos sonhar.

E sonhamos, terá algo mais humano que isso?
Festejamos, bebemos tudo por um pouco de alegria
Pela satisfação do ser, e eu?
... Sonho sem fechar os olhos.

E somos então o carnaval
Uma ode a Baco
Um acalanto a Apolo
Um abraço a Morfeu.

Choraremos por fim, na quarta cinza
Pois não haverá mais carnaval
Olharemos para trás
Pensando no sonho que já não é.

Riremos, então, daquele estranho que constrói
Com esforço um mundo
Pelo simples prazer de criar
Um coitado mímico
Que só entende quem pode sonhar.

Um comentário:

  1. Cada vez melhor brooooother!
    "E sonhamos, terá algo mais humano que isso?"
    Então eu sonho, sonho mesmo.

    Lindo lindo, amei!

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