sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Solução

"Banal


que seja assim nosso amor astral

E o que esperar se não bang-bang

de um amor tão gigante?"

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Varanda

....
Varanda

Felicidade programada
5 vezes em um carnê
E eu que já não sei quase nada
Estou aqui para te ver.

Subo devagar as escadas
Esse final tão fácil de prever
Finjo que não mais quero nada
E na varanda estamos a nos beber.

E nessa falta de absurdo
Estamos a ver TV
Num teatro de poetas mudos
Quem poderá nos deter?

Felicidade engarrafada
Alô chefia
Trás mais uma rodada
Minha taça esta vazia

Felicidade engarrafada
Alô chefia
Trás mais uma rodada
Minha cabeça já está vazia.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

...

...

Hiperatividade...
Conectividade...
Relatividade...
Por que tudo isso ainda me espanta?

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Nosso modesto Ser.

...                 


                   Pelo nosso modesto ser, ora particular, ora público
que me faço de mudo, pulo.
E por acreditar num impossível, mas nosso futuro
me finjo de maduro, menino gatuno, pulo muro.

E pelo nosso modesto ser, um mundo criei
onde de você me apossei, me deliciei, me fiz rei
Mas se um dia o frágil palácio desmoronar
relaxe pequena, meu coração sempre diz : au revoir.

Se definimos um possível e modesto ser
seria desnecessário tanto souffrent*
 que agora, o menos importante é ter.

E por fim para te ver sorrir
eu faço de meu ser um mártir
e o resto ponho em uma bandeja para lhe servir.


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*Pronuncia Soufrê

Felicidade.

...

Um dia desse a felicidade veio me visitar. A solidão que então me servia um café se sentiu envergonhada com a beleza da felicidade e se escondeu no porão.

A felicidade tão sorridente tão hipnotizante disse que não poderia ficar e deixou a saudade.

Sabe, a saudade as vezes é bela como a felicidade e as vezes é feia como a solidão.

Guardei a saudade no bolso para que ela ficasse por perto e pudesse pensar e lembrar-me dela. Às vezes eu, meio triste, escondo-a na ultima gaveta do armário, mas logo a pego de volta.

Em fim fiquei assim, deixei a casa aberta esperando que você volte, felicidade.

  ...*


Hoje sinto que a felicidade voltará a minha casa, tenho que correr e arrumar o lar para que ela permaneça. Acordarei cedo e colherei flores, pintarei a casa (trocarei aquela cor de saudade por uma cor de carnaval), por fim servirei o melhor de mim à mesa. '

Espero que ela fique aqui por um bom tempo.

Se a sorte também comparecer, farei de minha casa um palácio, daquela pobre fonte dos fundos farei um rio. Tudo para que a sorte esteja comigo.

Caso um dia a tristeza, repentinamente, aparecer na minha também estará aberto e tratá-la-ei como a um hospede real. Por que nada mais belo que ver o sorriso que ela deixa quando se vai.

E se você quiser vim comigo e participar dessa confraria seja bem vinda a minha humilde residência, ao nosso modesto SER.


Explicações:

1- Talvez não exista uma lógica tão temporal nesse texto, mas em fim a primeira parte precisava de um sentido que só aconteceu 12 dias depois.

2- Modesto SER. O que é isso? De noite coloco no blog.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Se não é por você...


Se não é por amor
Por que agente ainda fica acordado até tarde?
E se não for pelo próprio
Por que agente ainda se sente mal?

Se fosse apenas por capricho ou pirraça
Já nos teríamos enjoado
Mas sempre voltamos
Sempre estamos no mesmo lugar.

E se quiséssemos sofrer apenas a dor
Seria muito menos doloroso nos queimar
E na nossa inquisição particular
Talvez o pior dos castigos fosse ainda pouco.

Se não fosse por amor
Por que ainda não durmo?
Por que ainda sinto seu cheiro?
Por que ainda estou aqui?

Se for apenas esperar
Estarei sempre aqui
Entre, sente e espere o jantar
Riremos dos tolos...

E quanto tudo for solidão
Aportaremos nossa vida num cais
E lembraremos-nos do que já não somos
Mesmo assim me espere...


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Para amar-te

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Por ter sido um tanto covarde
Queria poder me exilar em marte
Quem sabe possa, lá, amar-te
Ahhhh marte.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Para queimar aquele seu maldito livro.

....

Para queimar aquele seu maldito livro.


De tudo o que você quem pode ficar tudo, todo amor que lhe dei tudo que compramos juntos e se quiser aqueles meus cd’s que tanto gosta também lhe dou bom de bom grado.

Queria pedir que aquela nossa canção tocasse mais uma vez e se fosse possível que você não a odiasse, ela não tem culpa do nosso fracasso.

De verdade não espero que diga que foi bom nem nada do tipo quero apenas aquele seu maldito livro.

Aquele livro que lhe instruiu a ser má
maldade que me acertou em cheio.
E como um filme de bang bang
venceu-me antes que eu pudesse aceitar o desafio.

Nem imagina como eu quero queimá-lo
na esperança que seja possível sermos felizes.
E não querendo ser pidão, nem abusar da sorte
Mas posso ficar com aquele desenho?




Inacabado (01)

...

Era um dia comum, café um tanto gelado, pães com gosto de nada e aquela leve vontade que o fazia pensar nela. De verdade já nem sabia que dia era, tinha passado a noite estudando e agora sofria antecipadamente pela infelicidade que seria seu dia.

Cegamente comeu e arrumou-se, era mais um dia que ele teria que da o melhor de si. E se como se não bastante a luta por um sonho de ter algo melhor na vida, ainda havia um pensamento que não se dissipava e o consumia vorazmente, qualquer coisa parecia ser o fim de tudo, todo problema parecia ser indecifrável e cada conquista tinha um gosto amargo de ter sido incompleta.

Ele se sentia ás vezes tão próximo dela que poderia jurar que naquele momento estavam pensando em algum lugar onde pudessem ser felizes juntos.

E aquele sorriso brilhante, aquela vontade engraçada de viver, aquele prazer em sonhar, que contrastava tanto com o que ele sentia, o encantava. Era como ver o nascimento de uma flor que lentamente esparramava seus longos fios dourados rumo ao chão.

Hipnotizado,perdido e agora?

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É um daqueles textos que eu nunca acabei...
mas que seja ele uma parte de um todo
que nunca se revelará
pela sua impossibilidade de existir.

E se existir é assim tão impossível
talvez seja melhor ser o boneco de madeira
do que o menino que pode sentir.


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Texto (?)

...


"Se é que me queres, me toma me estraçalhe, me devore, me degluta e por fim cuspa todo o meu resto. Espero que deixe aquela porta do fundo da casa aberta, para que a noite eu lhe faça o café, arrume sua casa e junte os meus pedacinhos que você regurgitou. Eles ainda me são importante."


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Será que eu já escrevi isso? Por que sinto que escrevi isso em alguma lugar alguma vez em algum dia?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sobre alguém que nada vale.




Ela tinha passado dias tristes a pensar como se vingar de uma pessoa que a tanto fez mal e em tão pouco tempo. Ela não poderia fazer qualquer coisa, deveria jogar o mesmo jogo dele, por isso deveria mostrar o tanto que aprendeu,sabia que aquele coração de gelo não se afetaria por qualquer coisa. Ele não era igual a qualquer outro que ela poderia se vingar como qualquer outra mulher faria.

Ela pegou um papel e ainda soluçando lágrimas e escrevendo fortemente, como só escreveria quem tem muita raiva, rabiscou um texto em três partes, era como se fosse um aviso para todas as outras que viessem a se aproximar dele.

I: Primeiramente ele vem todo doce, lhe ganha muito fácil. São palavras tão hipnotizantes, que pode até parecer real, é tão natural que é assustador. Como uma valsa, você vai dançando num mundo tão belo que ninguém mais poderia lhe oferecer e vai esquecendo, quando nota está totalmente vendida.

Ele começa a fazer parte de sua vida, rouba todo seu tempo, prende todos seus pensamentos e sempre que procurá-lo estará com aquele sorriso doce e uma cara de que tudo é melhor por que você existe.

E como num filme de mocinho, ele se torna o vilão, te prende e é nesse momento que você vai conhecer o fim de tudo.  E todo o amor gratuito vira birra e puro amor próprio.

II: E como aquele ato que muda toda a tragédia grega começa o ato 2. E aquela criatura fofinha agora é seu pior pesadelo.

Aquela vontade de viver some, ele se torna triste, melancólico e introspectivo. Passa a ter um ar um tanto macabro e tão misterioso que você passa a tentar saber o que passa na mente dele.

Então é de repente que ele some, lhe trata como a qualquer outra, passa a ser super sincero, destrói todos seus sonhos.

E todos aqueles mundos prometidos? Desaparecem, agora é nada.

Você se sente tão mal que tem vontade de chorar, se estressa, se esperneia, tenta fugir de tudo, tenta sumir.

Por mais que queira o convívio se torna insuportável, ele agora está tão distante.

III: Por fim você foge, bate o portão e fica com aquela impressão que já está indo tarde. Um dia vocês se reencontram, se procuram, se acham e convivem tão bem que volta a ser tudo um tanto confuso.

Como no ato final que o vilão morre, ele também é obliterado da sua vida.

Esqueça ele, não vale à pena.

Enrolou isso em volta de uma pedra e atirou numa manhã no quarto dele, estraçalhando o vidro. O sol rapidamente iluminará o quarto e um tanto cego ele acorda e ainda viu o vulto da moça que passava.

Ele não fazia a mínima ideia de quem era, mas leu o que tinha sido enviado de modo tão singelo. Escreveu em várias cópias e enviou para todas as destinatárias que ele já teria, quase sem querer, iludido.

Tinha escrito apenas:

Minhas desculpas.
Perdão...
Minhas desculpas ,sorte...